quarta-feira, 24 de novembro de 2010

João Proença diz que "esta é a maior greve de sempre"

O secretário-geral da UGT, João Proença, disse que a greve geral de hoje, quarta-feira, é a maior de sempre e ultrapassa a adesão registada há 22 anos, aquando da última greve geral conjunta.
"Podemos fazer o balanço da greve dizendo que é a maior greve de sempre, maior do que a de 1988", disse João Proença num encontro com jornalistas na sede da UGT.
O responsável preferiu não fazer um balanço geral da greve e não dar números, nem comentar os dados do Governo.
Ainda assim, referiu que a greve "não afectou só os setores da Educação e da Saúde", que tradicionalmente aderem às greves, mas também aqueles que "tradicionalmente não aderem às greves, o que traduz o forte descontentamento dos trabalhadores". O Tribunal de Contas, exemplificiou, teve uma adesão de 80%.
O dirigente sindical justificou o protesto tanto pelas medidas de austeridade anunciadas em Fevereiro como em Setembro que apenas se centram no combate ao défice, esquecendo-se da luta do crescimento do emprego.
"O combate ao défice tudo justifica, cortes salariais, congelamento das pensões, cortes sociais. A mobilização dos trabalhadores é um sinal de alerta de que é preciso políticas diferentes", afirmou João Proença.
Na conferência de imprensa, o sindicalista aproveitou a ocasião para denunciar as situações da Soflusa onde, segundo o próprio, os serviços mínimos não estão a ser assegurados porque "a administração não respeitou a lei", e da CP, em que a administração terá enviado uma carta aos trabalhadores "a pressionar", informando que poderiam ficar sem prémios de desempenho se aderissem à greve.
Seguiu ainda uma queixa para a Inspecção Geral do Trabalho sobre a EDP de Palhavã onde estarão a ser "substituídos grevistas", afirmou.
Um segundo balanço da greve geral ocorrerá, pelas 16.30 horas, na sede da CGTP, em Lisboa.




Publicação: Vítor Costa
Fonte: http://jn.sapo.pt

1 comentário:

  1. Até concordo com o princípio da greve mas esta não teve o impacto desejado. Nem no governo nem na sociedade.

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