segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Como Portugal está em termos financeiros.

Segundo o Banco Mundial, a economia portuguesa é a 36ª maior do mundo. Ao longo dos últimos 40 anos Portugal foi o país da OCDE com maior taxa de crescimento do PIB.
Tendo aderido a União Europeia em 1986, o país iniciou então um período de fortes reformas e de elevados investimentos em infra-estruturas que se reflectiram numa rápida aceleração do crescimento económico. Entre 1970 e 2003, o PPP (Paridade de Poder de Compra) cresceu de pouco de 50% para cerca de 70% do mesmo indicador para a média de União Europeia.
Portugal foi dos primeiros países seleccionados para a fase final da União Económica e Monetária, iniciando a introdução do Euro como moeda a partir de 1 de Janeiro de 1999 (a circulação de notas e moedas iniciou-se em 1 de Janeiro de 2002).
Nos últimos anos, Portugal vem enfrentando o problema da estagnação económica com a economia crescendo menos de 2,0% ao ano, abaixo da média da UE.
O PIB, relativamente à média da EU, cresceu mais do que a produtividade, devendo-se ao facto de Portugal empregar mais pessoas, essencialmente justificada pela menor taxa de desemprego e pela participação das mulheres, tendo no entanto um nível mais baixo de produção por pessoa.
A carga salarial da função pública em Portugal atingiu em 2005 os 15% do PIB, tendo baixado para 12.9% em 2008, ficando ainda sensivelmente dois pontos percentuais acima da média da EU.
Portugal é um dos países da OCDE que afecta maior percentagem anual da sua riqueza à saúde, concretamente 10% do seu produto. Esta tendência, por razoes naturais, tende a agravar-se, face ao envelhecimento da população, podendo até duplicar a meio do presente século.
No que respeita à educação, importa salientar que os gastos públicos com educação, Portugal foram considerados em 2003 pela OCDE como um caso sem igual de ineficiência na utilização de recursos no ensino.










(Feito por: Leticia)
Portugal tem 3º menor crescimento da década no mundo
O principal receio é que o modelo de Portugal e Itália se transforme na nova realidade dos países desenvolvidos, escreve o 'El País'.
Portugal teve o terceiro menor crescimento económico do mundo na última década (6,47%), ganhando apenas à Itália (2,43%) e ao Haiti (-2,39%), numa lista de 180 países publicada pelo El País com base em dados do FMI.
Embora o jornal espanhol reconheça que "quando as economias alcançam um certo nível de desenvolvimento, o ritmo de crescimento abranda", salienta que, particularmente nos casos de Portugal e Itália, verificou-se aquilo a que os académicos chamam de crescimento em L, à semelhança do Japão, que leva de avanço não uma, mas duas décadas perdidas.
Este modelo caracteriza-se por um prolongado período de estagnação económica, com crescimentos próximos de 0%, desemprego elevado, fraco consumo e excesso de capacidade produtiva. O maior receio é agora que o mesmo modelo alastre aos outros países desenvolvidos, se não forem tomadas as medidas adequadas.
"Japão, Itália e Portugal têm em comum esse padrão de crescimento em L, que se traduz num círculo vicioso da economia e que muitos economistas atribuem à ausência de uma política fiscal restritiva, controlo das contas públicas e redução do endividamento", com a dívida pública a rondar os 30% do PIB em Itália, quase 80% em Portugal e 217% no Japão, lê-se no artigo. E cita o professor da IE Business School Rafael Pampillón, que defende que a falta de competitividade e a rigidez destes mercados explicam como se chega a manter um crescimento tão débil durante tanto tempo, conclusões em boa parte partilhadas pela Comissão Europeia e pelo FMI.

(Feito por Cláudia Ferreira)                                                                     Fonte:www.dn.pt
                                                                                                              Imagem google(portugal economia)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Financial Times" alerta que "dificilmente" Portugal sobreviverá a chumbo do orçamento
Portugal está em risco de não cumprir o défice este ano, de 7,3 por cento, escreve hoje, sexta-feira, o jornal "Financial Times" e, em editorial, sublinha que o país não se pode dar ao luxo de ver chumbado o Orçamento para 2011.
O jornal, que puxa o tema para a sua primeira página, adianta que "o aumento nas despesas sociais e uma quebra nas receitas fiscais nos primeiros nove meses de 2010 fazem com que Portugal se junte à Grécia e a Irlanda como um dos países da europeriferia que não deverá conseguir cumprir as suas metas de consolidação fiscal este ano".
O "Financial Times" (FT) recorda que as taxas de juro da dívida portuguesa têm vindo a subir depois de terem baixado com a apresentação das novas medidas de austeridade e escreve que "as tensões políticas têm minado os esforços do governo minoritário socialista em assegurar aos mercados financeiros os seus compromissos sobre o défice".
De acordo com dados oficiais, o défice da administração central cresceu 200 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2010, a receita fiscal caiu 7,6 por cento e os gastos da segurança social aumentaram 6 por cento.
O jornal britânico cita o Commerzbank, que agora diz que é apenas "marginalmente possível" o governo português cumprir a meta de redução do défice orçamental: baixar dos 9,4 por cento do PIB em 2009 para 7,3 por cento este ano.
O banco indica "que o défice deverá manter-se acima da meta mesmo com uma receita extraordinária de 2,6 mil milhões de euros da transferência do fundo de pensões da Portugal Telecom para o Estado".
Em editorial, o FT refere que Portugal dificilmente poderá suportar um chumbo do Orçamento de Estado para 2011 e "o impasse político" que resultaria da consequente demissão do Governo.
"O Governo de José Sócrates está a tentar reunir apoio da oposição para aprovar um orçamento de austeridade que visa cortar o défice de 9,4 por cento do PIB em 2009 para 4,6 por cento em 2011. Esta não é a medida ideal, mas Portugal tem poucas opções atractivas", escreve o jornal.
Pelo menos, adianta o FT, "Lisboa está a cortar na despesa em vez de cavalgar nos impostos para cortar no défice".
De acordo com o económico britânico, "a maioria das medidas fazem sentido", sublinhado que "os cortes nos salários da Função Pública já deviam ter sido feitos" e que "o adiamento dos projectos das grandes infraestruturas é inevitável".
Apesar de se tratar de medidas dolorosas, "Portugal não pode evitar estes passos se quer evitar perder por completo a sua liberdade fiscal", adianta o FT, recordando que "apesar das promessas de contenção, o défice subiu nos primeiros nove meses" do ano.
"A outra razão para aprovar o Orçamento é que o Governo demite-se se a lei não passar", recorda o FT, explicando que a constituição portuguesa dispõe que não poderão ser convocadas eleições por causa das presidenciais.



(Feito por Cláudia)                                                                       Fonte:www.jn.pt
                                                                                                           Imagem google (orçamento de 2010)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

 
Banco de Portugal: Há "muito pouca sensibilidade" para a importância de poupar

Das pessoas que fazem poupanças em Portugal, mais de metade considera como aforro “o dinheiro deixado numa conta à ordem para gastar mais tarde”, segundo o inquérito sobre literacia financeira feito pelo banco central e divulgado hoje.A resposta, dada por 54 por cento dos inquiridos que dizem poupar dinheiro, demonstra, segundo o supervisor, “alguma inércia quanto à poupança”. O que, por sua vez, decorre da falta de sensibilização da importância desta questão ou do “desconhecimento sobre as possíveis aplicações” onde possam rentabilizar o seu dinheiro, já que o mantém numa conta à ordem até ao momento do consumo. Embora sublinhe que os resultados do inquérito não podem ser utilizados para conclusões sobre o volume ou frequência das poupanças, o Banco de Portugal constata que “a população é muito pouco sensível à importância de poupar”.


(Feito por Cláudia)

                                                                                                           Fonte: 

Pesca já tem normas e paga licença...

Foi a partir do dia 01-01-2007, os amadores da pesca no litoral e águas costeira, regularmente passaram a pagar licença. Esta abrangia até agora apenas os pescadores das águas interiores e a lacuna na regulamentação era sentida não só pelos praticantes da arte nos tempos livres, como pelos profissionais, que apontavam abusas nas capturas e entrada de peixe em circuitos de venda paralelos.O exército da pesca apeada, submarina e de embarcação está sujeito, partir dessa mesma data, a um regime de licenças de custo variável consoante o seu período de validade e o número de capitanias abrangidas. Para a pesca de embarcação, as autorizações podem ser obtidas para apenas um dia, mas nas restantes, as licenças serão validas por período mensais, anuais ou trienais. Uma licença válida para a pesca apeada por um ano, em três capitanias, custa seis euros e uma trienal tem valor de 15 euros. O valor das licenças reverte para o fundo de compensação salarial dos profissionais da pesca.Uma das motivações oficiais para a regulamentação da pesca lúdica foi a do registo de situações em que a actividade camuflava volumes de capturas susceptíveis de competir com a actividade profissional da pesca. Algumas das restrições mais significativas têm a ver com os sítios para a pesca lúdica apeada. Esta não pode ser exercida em barras e embocaduras, canais de acesso e canais estreitos em portos. Também é vedada em portos de pesca, marinas, praias concessionadas (durante a época balnear), bem como a menos de 100 metros de docas, portos de abrigo, embarcadouros, estaleiros e instalações de aquicultura. Proibido fica também lançar o anzol a menos de 100 metros de qualquer esgoto. Por outro lado, os pescadores ficam obrigados a guardar entre eles uma distância mínima de dez metros, podendo o primeiro a chegar conceder uma aproximação. Algumas destas restrições levam pescadores a considerar que poucos lugares lhes restarão livres e que mais gente vai procurar arribas e outros lugares perigosos. Ora, a argumentação oficial é a de que a portaria procura estabelecer mais regras de segurança e também de higiene para os muitos milhares de praticantes da pesca lúdica em Portugal.










Pescadores portugueses indignados com a nova lei.

Jornal de notícias 18 de Outubro de 2010


(publicado por Leticia)